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sábado


'' Ao acabar de ler as poesias da Teresinha, com os olhos ofuscados e as mãos trémulas, carrego nas teclas que darão corpo a este prólogo.
Expoentes de ingenuidade e de pureza, os seus poemas, pétalas de uma flor que o inverno precoce roubou a este térreo jardim, vão perfumar as nossas vidas com sentimentos de amor, ternura e apego à vida que pressentia fugir-lhe.
Esquecendo o sofrimento que lhe marcou o quotidiano dos dias, as suas palavras vertidas em verso são um hino à fé na família, na amizade e nas alegrias de pequenas vitórias do dia-a-dia.
Ao longo tormentoso que teve, sempre aceitou com invulgar tolerância as amarguras proporcionadas pelos múltiplos tratamentos efectuados. No auge da dor, raramente regateava um sorriso de gratidão a quem lhe alimentava a esperança e, no seu último testemunho, lembrou com chocante lucidez quantos a ajudaram na breve jornada.
Os sinais que nos deixou expressos nestes versos simples são uma mensagem de glorificação à existência, mesmo que carregada de nuvens negras, como foi a sua, obrigando-nos a meditar profundamente naqueles momentos em que muitos de nos a amaldiçoamos por fúteis banalidades.
Na outra margem do ser, a Teresinha é agora musa porque neste lado sempre continuaremos a ter neste seu caderno de poesias um cântico de coragem e de tenacidade para enfrentarmos melhor as mais duras adversidades.
Que o seu exemplo seja uma luz brilhante na escuridão de quantos ousam desprezar a vida.
Obrigado Teresinha ''


Prefácio de J.M. Gonçalves de oliveira- Vila Nova de Famalicao.
Presente no livro Pensamentos soltos da autoria de Teresa Sampaio.

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